" Se não sabes, aprende... se já sabes, ensina!"



Confúcio (filósofo chinês 551 a.c. - 479 a.c.)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CNO da ATEP comemora a inscrição 1000

O feliz número coube ao Sr. Jorge Silva, residente em Riachos e Mecânico de profissão. A fase de diagnóstico irá começar já na próxima semana e esperamos que o Sr. Jorge mantenha a simpatia e boa disposição com que nos brindou no momento de inscrição, acedendo a manter registado em foto este momento tão marcante para o nosso Centro.
Obrigada por ter procurado o nosso CNO, esperamos corresponder às suas expectativas.

Sessão de Júri Tupperware

No dia 24 de Novembro teve lugar a 1ª Sessão de Júri da Fábrica Tupperware, fruto de protocolo de colaboração com o CNO da ATEP. Este protocolo permitiu aos colaboradores da Tupperware frequentar o processo no seu local de trabalho, em horário adaptado aos turnos da empresa. Nesta 1ª sessão foram 6 os adultos presentes a Júri: Ilda Rodrigues, João Ferreira, Maria José Veríssimo, Vanda Tomás, Luís Tomás e Noémia Batista.


A Dra. Alexandra Martins, representante da Tupperware, deu os parabéns aos adultos no final da sessão.


A equipa pedagógica com o grupo certificado.

A equipa do CNO da ATEP agradece à Tupperware a forma como foi sempre recebida e o empenho na motivação dos seus colaboradores para o aumento das suas qualificações.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Palestra Por que é que não é normal ser diferente?

O CNO da ATEP foi convidado a estar presente na palestra "Por que é que não é normal ser diferente?" realizada pela Escola Profisssional de Torres Novas a propósito do Dia Internacional para a Tolerância, que se comemorou no dia 16 de Novembro.

O CNO fez-se representar pela sua Coordenadora que deixou algumas ideias sobre as Novas Oportunidades e a tolerância.

Aqui fica a sua comunicação.


Em Janeiro de 2008 a EPTN foi convidada pela ANQ - Agência Nacional para a Qualificação para se candidatar a um Centro Novas Oportunidades. Sem saber muito bem o que iria vir daí, a EPTN aceitou o desafio e em Julho o CNO abriu as suas portas.
Ora, então o que é um CNO?
O CNO é um serviço de apoio para a identificação da oferta formativa mais adequada para quem queira melhorar as suas qualificações. Para tal, dispõe de técnicos qualificados que analisam o perfil do adulto (motivações, necessidades, expectativas, etc.) e encaminham o adulto para a resposta de qualificação mais adequada.
Uma dessas respostas é o processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências. O RVCC consiste essencialmente na demonstração de competências adquiridas ao longo da vida e que vão ao encontro daquilo que o Ministério da Educação identificou como as competências necessárias para cada nível de ensino.

E o que tem o trabalho do CNO que ver com a tolerância?
Estamos a falar de população adulta com baixa escolaridade. Logo por aí poderíamos falar de discriminação. São muitos os adultos que nos procuram com histórias de discriminação e injustiça:
• Pessoas que deixaram de estudar com 11 anos e que foram obrigadas a trabalhar para ajudar no sustento da família
• Mulheres que não puderam estudar pois não era preciso e faziam falta em casa para tomar conta dos irmãos
• Pessoas traumatizadas com a Escola e com os professores, pois todos os dias recebiam a sua dose de cana da índia, reguadas e etc.
• Pessoas que mentiram sobre as habilitações para se puderem candidatar a um emprego
• Pessoas que toda a vida trabalharam numa determinada profissão mas que não têm um certificado de qualificação profissional
É por isso que este programa se chama Novas Oportunidades: dar oportunidade a quem não teve condições de continuar a estudar ou não pôde evoluir em termos profissionais.
Ora falemos então de intolerância. Há quem não compreenda o funcionamento das Novas Oportunidades. O programa é acusado de facilitismo e de que as pessoas não aprendem. Nada mais errado. Como em tantos outros casos o desconhecimento e ignorância fazem com que muitas vezes se diga que as Novas Oportunidades são uma coisa que na realidade não o são. Se alguém não aprendeu é porque já tinha aprendido, se para alguém foi fácil é porque tinha as competências necessárias. Na internet encontra-se facilmente fóruns e blogs com críticas às novas oportunidades, apelidadas de injustas. Mas não terá sido a vida destas pessoas cheia de injustiças?
A intolerância é não aceitar algo diferente dos nossos padrões e com as novas oportunidades passa-se um pouco isso: eu não aceito que alguém possa terminar o 6º, 9º ou 12º ano de uma forma diferente da minha.

Passemos novamente à realidade dos CNOs.
Valorizar aquilo que cada um possui à partida. Uma forma de tolerância é a validação de competências adquiridas em contextos de vida completamente distintos. Isto é, à partida todas as histórias de vida têm aprendizagens, desde a mulher que viveu 20 anos com o marido que lhe batia e finalmente ganhou coragem para pedir o divórcio, a outra que foi deserdada porque a família não gostava do namorado, uma outra que descobriu na Fé e na Igreja a forma correcta de viver, a irmã que sofreu com a leucemia do irmão, o ex-camionista internacional que fala 7 línguas estrangeiras ou o empregado de armazém com 20 anos de experiência e agora está desempregado. São muitos os exemplos que poderiam ser apresentados pois cada pessoa que passa pelo CNO tem particularidades completamente diferentes.
O Bicho da matemática. Considerada por muitos como a grande dor de cabeça quando andavam na Escola, a matemática está presente na vida de todos: os portugueses passam a vida a fazer contas à vida. O receio vai-se perdendo à medida que se percebe que a matemática tem utilizações reais: proporções, percentagens, medidas e até o Teorema de Pitágoras fazem sentido na vida do dia-a-dia e desmitificam a imagem criada na Escola.
Combate à infoexclusão. As competências de Tecnologias de Informação e Comunicação são essenciais para conseguirem a certificação. No ensino básico as TIC são uma área de competência-chave autónoma e onde as pessoas deverão demonstrar que conseguem utilizar o Word, o Excel, o Powerpoint e a Internet, para além de outros equipamentos tecnológicos com o telemóvel, os multibancos ou os electrodomésticos. Esta é a área preferida da maioria dos candidatos pois um novo mundo se abre. Coisas que achavam que só os filhos poderiam fazer estão agora ao alcance, facilitando a vida. Vou dar-vos alguns exemplos: falar com a família que está em França através do Messenger ou do Skipe, ou até mandar e-mails com os trabalhos (primeiro com ajuda e ainda a partir do e-mail dos filhos, mais tarde já com e-mail próprio e sem ajuda).
As TIC abrem um novo mundo que até então parecia muito distante e são muitos os que, mesmo depois de certificados, pretendem aprofundar os seus conhecimentos inscrevendo-se em cursos de informática que a escola desenvolve gratuitamente em horário pós-laboral.
As línguas estrangeiras. Considerado obrigatório no ensino secundário, são muitos os adultos que fazem cursos de línguas onde aprendem o essencial para uma conversação nessa língua. Isto representa o voltar à escola mas já com um estatuto diferente e sem receio das reguadas. Sendo o Inglês a língua mais procurada, é frequente o “Hello teacher!” quando se chega à aula.
Validar competências de Cidadania. Quer para o ensino básico quer para o secundário, uma competência essencial para serem certificados é a tolerância na divergência com outros (colegas, família, etc) mas também no contacto com outras culturas. Ninguém pode ser certificado sem mostrar como tem e aplica a tolerância.
Antes de concluir não posso deixar de salientar um estudo que revela que o aumento da qualificação dos pais tem um impacto positivo na escolarização dos filhos, quer pelo exemplo de esforço e dedicação na educação que estão a dar aos filhos, quer pela percepção, por parte dos pais, da necessidade de apoio na aprendizagem dos filhos.


Em conclusão, elevar as qualificações representa um reforço da auto-estima “Eu fui capaz!” e esta é essencial como defesa à intolerância. As pessoas com baixas qualificações lutaram toda a vida contra preconceitos, contra a sua própria vergonha, contra as portas e oportunidades que se vão fechando. A iniciativa Novas Oportunidades pretende lutar contra isso, dando lugar a cada pessoa para demonstrar o que aprendeu, respeitando a sua identidade. É isto que representa a noção de tolerância.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Fotos Sessão de Júri

No dia 28 de Outubro teve lugar no Auditória da Escola Profisisonal de Torres Novas mais uma sessão de Júri de Certificação de Nível Básico e de Nível Secundário.
Foram 13 os adultos presentes a Júri: Luís Mota, Constantino Rodrigues, Carlos Dinis, Filomena Lopes, Lurdes Petrincas, Joaquim Pico, Belmira Mourato, Manuel Catarino, Teresa Costa, Lúcia Pedro, José Pedro, Hugo Mateus e Ana Felizardo.

A equipa com o grupo de secundário.

A equipa com o grupo de básico.