As palavras que nunca te direi

Apesar de gostar imenso de ler não consigo escolher o livro da minha vida. Houve diversos que me marcaram, em diferentes etapas da minha vida. Por isso decidi escolher o primeiro livro que li do escritor Nicholas Sparks, do qual já muito tinha ouvido falar…

“As palavras que nunca te direi” retrata uma história de amor entre duas pessoas magoadas pela vida, sem perspectivas de futuro devido ao fim das suas relações. Conhecem-se devido às mensagens escritas por Garrett que depois lançava ao mar, em garrafas. E o resto poderão descobrir ao ler este livro...

Aconselho este livro a quem gosta de romances, quer sonhar e emocionar-se com uma bela e intensa história de amor.

No que toca a aprendizagens, aprendi que devemos viver intensamente o presente independentemente das histórias do passado porque essas não podemos apagá-las nem modificá-las. Logo não devem influenciar as nossas atitudes e decisões de hoje.

Boas leituras!

Os livros da minha vida

O Diário de Anne Frank

Todos conhecem a história dramática da jovem Anne Frank. É um livro sem um final feliz. Foi publicado pela primeira vez em 1947, por iniciativa do seu pai (Otto Frank conseguiu reaver o diário da filha, guardado por uma funcionária).

Anne Frank escreveu todos os dias no seu diário, de 12 de Junho de 1942, dia do seu 13.º aniversário, a 4 de Agosto de 1944, quando a família Frank foi mandada para o campo de concentração de Auschwitz. Neste Agosto, todos aqueles que estavam escondidos no pequeno anexo secreto onde a jovem habitava foram presos. Anne Frank acabou por morrer em Março de 1945, a dois meses do final da guerra na Europa.


O Diário de Anne Frank revela como foram os dois longos anos do dia-a-dia de uma adolescente, durante um dos mais trágicos períodos vividos pela Humanidade. É um testemunho com esperança de uma adolescente perante a crueldade do Nazismo.


Há muito tempo que li este livro, tinha talvez 13 anos (já não me lembro bem), mas apesar disso foi um dos que me lembrei para destacar aqui. Marcou-me porque quando o li era muito nova e compreendi o valor da Paz e o valor de pequenas coisas que tenho no meu dia-a-dia. Lembro-me que quando o li fiquei chocada com a guerra, a injustiça e a crueldade dos homens, mas também admirada com a esperança que Anne tinha e talvez por isso me tenha marcado.

A filha do Capitão

Não posso dizer que tenha um livro da minha vida. Talvez por não ser muito dado a romances, os livros que leio marcam-me mais pela temática e menos pelo enredo. Como sou muito dado a histórias de Guerra, principalmente, das Grandes Guerras Mundiais saliento um livro do José Rodrigues dos Santos, A filha do Capitão.

Trata-se duma história de amor em tempo de guerra que tem como pano de fundo o cenário trágico da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial. Capitão Afonso Brandão é mais um soldado no corpo expedicionário português enviado para o vale do Lys e através dos seus olhos ficamos a conhecer as duras condições nas trincheiras portuguesas. A falta de mantimentos, os escassos recursos bélicos ou roupa desajustada à baixa estatura do soldado português, são apenas alguns exemplos das dificuldades encontradas. A estas condicionantes acresce a estratégia militar funesta associada à Primeira Guerra Mundial.

Numa noite de licença o Capitão Afonso Brandão decide ir pernoitar a um castelo perto de Armentières, onde conhece uma deslumbrante Baronesa. Deste encontro cresce uma forte paixão entre os dois, porém, com o desenrolar da guerra este amor tornar-se impossível e a separação é inevitável.

Em segredo, o Alto Comando Alemão prepara um ataque final às forças aliadas entrincheiradas em La Lys. Este golpe de misericórdia apanha em cheio as tropas portuguesas e quase altera o curso da guerra.

Aconselho este livro a quem tiver interesse pela história de Portugal no início do Século XX, principalmente sobre a participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial. Apesar de ser uma história de amor é também a história de todos os portugueses e do heroísmo que caracteriza a nossa nação.

Júri de Certificação

Depois do arranque de 15 turmas de básico e secundário na sua sede e em itinerância, o CNO da ATEP mostra uma vez mais o seu trabalho, terminando este 1º trimestre com a 1ª sessão de júri de 2010. Dia 31 de Março, a partir das 16h30, no auditório da EPTN, será a vez de quase uma dúzia e meia de adultos demonstrarem as suas competências.

Todos os adultos em processo estão convidados a assitir.

Os livros da minha vida

Seria difícil destacar apenas um livro pelo simples facto de que muitos me marcaram em diferentes fases da minha vida.

Por volta dos 15 anos, recordo-me que li os quatro volumes de As Brumas de Avalon e fiquei fascinada com a lenda do Rei Artur, a Senhora do Lago, a paixão de Guinevere e Lancelot. Apaixonei-me pelo misticismo que envolvia a lenda, pelos personagens e pela escrita de Marion Zimmer Bradley de tal forma, que li todos os livros que encontrei da autora. A saga "As Brumas de Avalon" é um romance simplesmente apaixonante, com uma mescla de verdade e fantasia, de mitos e rituais mágicos onde, pelo ponto de vista das mulheres, se desvenda a misteriosa Ilha de Avalon, guardiã dos enigmas eternos e sagrados.

Anos mais tarde, encontrei numa prateleira, um livro de Daniel Sampaio, Tudo o que temos cá dentro. Confesso que peguei no livro sem grande entusiasmo, apesar do conhecido autor, mas facilmente invadiu a minha vida…

As personagens são tão verdadeiras (de facto são) que é impossível não nos aliarmos às mesmas. No âmago da questão está a problemática do suicídio, onde o sofrimento, as vivências e as experiências das personagens são tão intensas como a dor de quem lê. É difícil descrever um livro tão comovente e tão inquietante, onde as palavras não conseguem exprimir a emoção que se sente ao lê-lo. “Tudo o que temos cá dentro” revela, de facto, a panóplia de sentimentos de que somos feitos e que estão dentro de todos nós.

"Batem as portas, em tons de suicídio, como se fossem um corpo a cair do nono andar..."

Os livros da minha vida

A tarefa proposta à equipa do CNO era simples: escolher o livro da sua vida e falar um pouco sobre ele. Afinal a tarefa não foi nada fácil. Escolher só um, independentemente da fase da vida em que se leu e o que representou na altura, tornou-se muito difícil.

Depois de muito pensar, resolvi escolher "Cem anos de solidão". Foi o primeiro livro que li do autor, Gabriel García Márquez, e abriu as portas a mais uns quantos que não me arrependi de ler. Já lá vão uns anos, mas ficou em mim a ideia da história da família Buendía ao longo de gerações, privações e alegrias. Os nomes demasiado parecidos obrigaram-me à organização de uma "cábula" para saber quem era filho de quem e tinha casado com quem, mas tudo isso fez parte da descoberta de Macondo, da família e das suas personagens. Os cem anos passaram a correr e o corredor das begónias da casa Buendía parecia demasiado próximo da vida de todos nós: dificuldades, amores e desamores descritos de uma forma cativante.

Em termos de aprendizagens posso afirmar que com este livro aprendi a dar valor às coisas simples e à vontade de fazer coisas, preocuparmo-nos com os outros, porque afinal a vida acaba por passar demasiado depressa e nem nos apercebemos que já passaram cem anos...

"Cem anos de solidão" conseguiu prender-me horas a fio, antes de dormir, deixando-me expectante pelas próximas páginas. Essa sensação é o melhor que um livro nos pode deixar. É por isso que considero que este é um dos livros da minha vida.

Os livros da minha vida

Inserido na iniciativa Ler + Compensa, o CNO da ATEP convida todos os adultos a partilharem os livros que marcaram a sua vida. Enviem os vossos testemunhos.

Ler + Compensa

O CNO da ATEP aceitou o desafio do Plano Nacional de Leitura e está a preparar actividades de promoção da leitura junto dos inscritos no CNO. O projectos Novas Oportunidades a Ler + pretende ser um espaço de apoio ao desenvolvimento do gosto pela leitura pelos adultos e suas famílias.

Brevemente teremos novidades.