Livro do famoso escritor britânico George Orwell (pseudónimo de Eric Blair), que retrata o quotidiano de um regime político totalitário e repressivo existente no ano 1984. Como o livro foi editado em 1949, trata-se de um exercício de futurismo político, que através da ficção procura criticar qualquer forma de autoritarismo. Apesar da sociedade retratada no livro nunca ter existido de forma integral, este deixou referências importantes para as gerações seguintes: "Big Brother"; "Duplo pensar" ou "Novilíngua".
A história é narrada por Winston Smith, um homem insignificante aos olhos do leitor, mas que tem um papel muito importante, pois trata da falsificação de documentos a fim de servir os interesses do regime. A propaganda realizada pretende mostrar a todos os cidadãos que as acções do Governo são sempre correctas, não deixando margem para qualquer dúvida. Este Governo também é omnipresente, para o efeito, usa a figura do Grande Irmão (“Big Brother”), hipotético chefe de Estado que se mantém presente em todos os ecrãs de videovigilância e em qualquer contexto da vida dos cidadãos. O controlo extremo perpetuado pelo regime tem dois grandes objectivos: manter os cidadãos concentrados na sua política e incutir-lhes o ódio necessário para alimentar a guerra com as potências regionais, Oceânia e Eurásia.
O que mais me marcou neste romance foi o aspecto visionário do autor relativamente à organização do mundo em 1984. Este idealiza três potências mundiais (Oceânia, Eurásia e Lestásia) que se encontram em guerra permanente, sendo muitas vezes formadas alianças, conforme a conveniência. A par destas potências existe um território neutro que abrange grande parte de África, Médio Oriente e uma estreita faixa do Continente Asiático, este é disputado por todas as potências presentes, mas acaba por nunca ser completamente dominado No fundo, George Orwell, pretendia mostrar a situação extrema que poderíamos chegar, caso a configuração geopolítica saída da II Guerra Mundial se mantivesse.
Hoje, sabemos que este mundo nunca teve lugar, porém, se imaginarmos que a queda do muro de Berlim serviu para garantir a hegemonia do comunismo na Europa, que as incursões militares dos Estados Unidos tiveram o sucesso desejado, que os Ingleses se mantiveram na África do Sul e alargaram o seu poder até à África central e se a China tivesse conseguido dominar os territórios limítrofes, então poderíamos viver num mundo muito parecido com o de George Orwell.
A história é narrada por Winston Smith, um homem insignificante aos olhos do leitor, mas que tem um papel muito importante, pois trata da falsificação de documentos a fim de servir os interesses do regime. A propaganda realizada pretende mostrar a todos os cidadãos que as acções do Governo são sempre correctas, não deixando margem para qualquer dúvida. Este Governo também é omnipresente, para o efeito, usa a figura do Grande Irmão (“Big Brother”), hipotético chefe de Estado que se mantém presente em todos os ecrãs de videovigilância e em qualquer contexto da vida dos cidadãos. O controlo extremo perpetuado pelo regime tem dois grandes objectivos: manter os cidadãos concentrados na sua política e incutir-lhes o ódio necessário para alimentar a guerra com as potências regionais, Oceânia e Eurásia.
O que mais me marcou neste romance foi o aspecto visionário do autor relativamente à organização do mundo em 1984. Este idealiza três potências mundiais (Oceânia, Eurásia e Lestásia) que se encontram em guerra permanente, sendo muitas vezes formadas alianças, conforme a conveniência. A par destas potências existe um território neutro que abrange grande parte de África, Médio Oriente e uma estreita faixa do Continente Asiático, este é disputado por todas as potências presentes, mas acaba por nunca ser completamente dominado No fundo, George Orwell, pretendia mostrar a situação extrema que poderíamos chegar, caso a configuração geopolítica saída da II Guerra Mundial se mantivesse.
Hoje, sabemos que este mundo nunca teve lugar, porém, se imaginarmos que a queda do muro de Berlim serviu para garantir a hegemonia do comunismo na Europa, que as incursões militares dos Estados Unidos tiveram o sucesso desejado, que os Ingleses se mantiveram na África do Sul e alargaram o seu poder até à África central e se a China tivesse conseguido dominar os territórios limítrofes, então poderíamos viver num mundo muito parecido com o de George Orwell.
Boa escolha Luís, grande livro!
ResponderEliminar1984 teve o mesmo impacto em mim: como é possível que em 1949 alguém tenha imaginado um mundo tão controlado pela informação? Achei o autor um visionário e a ideia de "Big Brother" extretamente minimizada no famoso concurso de televisão...
Fez-me pensar em como não devemos acreditar cegamente na informação que temos acesso e como a História dá voltas: quem hoje é inimigo, amanhã já não o é (ou o inverso).